quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lavrador cria artesanato que protege o meio ambiente e aumenta a renda


Um lavrador de Arcos, em Minas Gerais, descobriu uma maneira de aumentar a renda e ajudar o meio ambiente. José Borges faz artesanato com um material que antes era jogado no lixo. A técnica está sendo repassada para outros agricultores.
Nas indústrias e no comércio, ele recolhe a matéria-prima do artesanato. A fita usada para amarrar produtos pesados. Só em uma loja de material de construção são descartados 20 quilos por mês.
Na casa do lavrador, meia tonelada de material. Se jogado no meio ambiente levaria pelo menos 300 anos para se decompor.
No início o artesanato era só para passar o tempo e matar a saudade da fazenda. Quando seis filhos do Seu José se mudaram para a cidade, ele que já estava com 65 anos não conseguiu tocar a roça sozinho.
Dona Juraci, com quem está casado há 55 anos, sugeriu outros modelos de cestos. As pessoas gostaram e assim o lavrador começou a aumentar a aposentadoria. O preço de cada peça varia de 15 a 30 reais.
Uma vez por mês ele põe o pé na estrada e volta às origens. É na roça que ele acredita fazer o trabalho mais importante: ensinar a técnica que desenvolveu para que outros lavradores não façam como ele e tenham que deixar a roça para buscar uma nova fonte de renda na cidade.
Para levar essa oportunidade às famílias, que já pensam até em formar uma cooperativa, Seu José se tornou voluntário da ONG Guaxinim e o projeto dele tem o apoio da Emater.
Os cestos confeccionados pelo Seu José e por seus alunos também estão sendo utilizados nas propriedades rurais da região. Eles substituem os feitos de bambu, que estragam com mais facilidade.